sábado, 4 de setembro de 2010

Saúde, uma questão de todos.

Passando por situações inesperadas nos encontramos em meio ao dilema do sistema de saúde nacional, referência no mundo por seus poucos bons hospitais, que seguindo a lei da demanda e da oferta se tornou para poucos. O fato é, estamos em um sistema onde o lucro é o objetivo maior de qualquer organização, e não seria diferente no caso da saúde.
A questão chave se dá no seguinte dilema: como seria possível viabilizar o mercado de saúde? Claro, uma saída se deu no setor de seguros, mas a dificuldade de mensurar os risco e o custo moral - custo esse que ainda acredito ser alto no Brasil e deixo isso a cargo dos sociólogos - tem dificultado a criação de um conceito semelhante ao Micro-crédito e Micro-seguro, algo como Micro-plano de saúde, sim, plano de saúde para gente de baixa renda com um razoável custo-beneficio.
Ignorado os aspectos microeconômicos de abordagem de risco, preferências,e assim vai, todavia mantendo o foco no aspecto de aplicabilidade dos custos decrescentes de produção "adaptado", ora se cada hospital da rede pública optasse por três máquinas de raio-x não seria provável que o aumento dado na produção deveria após a retirada do custo de aprendizado e todos os aspectos de custo fixo, etc, reduzir o seu custo nos serviços de saúde, acreditando que 6% da população nacional use qualquer tipo de raio-x, se parte desse custo ficasse a cargo do próprio usuário, dado a qualidade do hospital ou se abrissem um espaço para quem tivesse plano de saúde também usufruísse do "beneficio" dando assim pesos diferentes na utilização do serviço, um preço que amorteça parte do custo dado a condição social do usuário somado ao que o governo investe, será que não seria uma alternativa? Ainda tenho dúvidas do motivo de tanta dificuldade de viabilizar a saúde, talvez a palavra inadaptabilidade seria mais viável, seja como for, o fato é, algo deveria ser pensado para que a utilização desse serviço (apesar de não ser uma preferência do consumidor fazer uma radiografia de tórax) tenha no mínimo alguns aspectos que trouxesse algum tipo de investimento ou desenvolvimento sustentado (não digo ambiental).
No fundo sei que não tenho as respostas, sei mais que isso, tenho total consciência que essa não é a minha vertente de estudo, mas ainda acho um pouco (ou muito) estranho que esse debate ainda fique em torno dos profissionais da saúde, afinal esse é um problema de gestão e não de saúde.

3 comentários:

  1. Texto interessante. o Fato é que investir na saúde gasta muito e não traz tanto retorno eleitoral. Daí nunca é prioridade.
    Outro fator importante é que nenhum país da dimensão do brasil implantou um sistema de saúde gratuito, embora o SUS seja um avanço e algo muito necessário.

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  2. Talvez o sistema deveria trazer algum retorno, saúde pode ser cara, mas não acredito que não haja um mecanismo para que esses custos sejam amortecidos.

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  3. Eu nunca tinha analisado por esse aspecto, mas parece coerente o que vc diz. Deixem os gestores cuidarem desse assunto, pq as pessoas da saúde sabem como usar e não como comprar.

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