segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Porque missão dada, parceiro.... é missão cumprida!

Tive a oportunidade de assistir a dois filmes, o primeiro Wall Street 2, e o segundo Tropa de Elite 2, com isso decidi fazer um paralelo dos dois filmes e dividir a impressão que eu tive deles, impressão essa que apesar de serem de dois universos distintos mostram a combinação fatal de ganância e corrupção como sendo algo maléfico para o sistema.
Começando pelo Wall Street 2, não irei falar sobre o filme e si, mas quero tocar em dois pontos que acho fundamental para entender o declínio da sociedade como estrutura ou comunidade. No primeiro momento Wall Street 2 aborda com propriedade o universo financeiro e os efeitos colaterais que o sistema estipulado em volta de ganância, livre mercado e total falta de monitoramento permitiu com que modificassem o sistema, sempre debato com uma grande amiga da federal do Ceará como os modelos econômicos muitas vezes trabalham com descaso aos fatores sociais.
O segundo filme e não menos importante foi o arrasador BOPE, apesar de criticas pesadas pela simplificação do modelo, não perdeu suas características, e abordou de forma impar como a ganância e a corrupção destrói o sistema. O Capitão Nascimento nesse momento sofre uma evolução muito grande, e descobre que não é tão simples limpar o sistema, que não são mocinhos e bandidos e quando ele realmente decide enfrentar a situação descobre como fatores sociais implicam em resultados diferentes.
E nesse momento vocês se perguntam “e qual o paralelo a ser feito?”, genericamente, de Wall Street até as favelas do rio, do mundo financeiro ao político, o sistema é corrompido por fatores que fogem a modelos econômicos, análise quantitativas, previsões, o sistema é corrompido por fatores sociais, humanos, e o sistema alimenta o próprio sistema, onde um carro chefe chamado política através de um método maquiavélico acha que os meios sempre justificarão o fim, e apoiado em uma sociedade totalmente alienada e desinteressada, deixam que esse sistema continue em um círculo vicioso, e nesse contexto acredito que a pergunta a ser feita é: E nós, o que iremos fazer?

sábado, 4 de setembro de 2010

Saúde, uma questão de todos.

Passando por situações inesperadas nos encontramos em meio ao dilema do sistema de saúde nacional, referência no mundo por seus poucos bons hospitais, que seguindo a lei da demanda e da oferta se tornou para poucos. O fato é, estamos em um sistema onde o lucro é o objetivo maior de qualquer organização, e não seria diferente no caso da saúde.
A questão chave se dá no seguinte dilema: como seria possível viabilizar o mercado de saúde? Claro, uma saída se deu no setor de seguros, mas a dificuldade de mensurar os risco e o custo moral - custo esse que ainda acredito ser alto no Brasil e deixo isso a cargo dos sociólogos - tem dificultado a criação de um conceito semelhante ao Micro-crédito e Micro-seguro, algo como Micro-plano de saúde, sim, plano de saúde para gente de baixa renda com um razoável custo-beneficio.
Ignorado os aspectos microeconômicos de abordagem de risco, preferências,e assim vai, todavia mantendo o foco no aspecto de aplicabilidade dos custos decrescentes de produção "adaptado", ora se cada hospital da rede pública optasse por três máquinas de raio-x não seria provável que o aumento dado na produção deveria após a retirada do custo de aprendizado e todos os aspectos de custo fixo, etc, reduzir o seu custo nos serviços de saúde, acreditando que 6% da população nacional use qualquer tipo de raio-x, se parte desse custo ficasse a cargo do próprio usuário, dado a qualidade do hospital ou se abrissem um espaço para quem tivesse plano de saúde também usufruísse do "beneficio" dando assim pesos diferentes na utilização do serviço, um preço que amorteça parte do custo dado a condição social do usuário somado ao que o governo investe, será que não seria uma alternativa? Ainda tenho dúvidas do motivo de tanta dificuldade de viabilizar a saúde, talvez a palavra inadaptabilidade seria mais viável, seja como for, o fato é, algo deveria ser pensado para que a utilização desse serviço (apesar de não ser uma preferência do consumidor fazer uma radiografia de tórax) tenha no mínimo alguns aspectos que trouxesse algum tipo de investimento ou desenvolvimento sustentado (não digo ambiental).
No fundo sei que não tenho as respostas, sei mais que isso, tenho total consciência que essa não é a minha vertente de estudo, mas ainda acho um pouco (ou muito) estranho que esse debate ainda fique em torno dos profissionais da saúde, afinal esse é um problema de gestão e não de saúde.